Após ser criticado por representantes dos atingidos pela tragédia, Barroso disse, por meio de uma nota, que não se referiu às vítimas ao fazer seu comentário.
A declaração foi feita durante a sessão do STF que homologou o acordo de R$ 170 bilhões para reparação de danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em 2015.
"Acho que foi um número muito expressivo de uma negociação árdua [...] E achei que o volume de recursos que as empresas se dispuseram a aportar, foi um volume muito relevante. R$ 170 bilhões não é pouca coisa, dá para passar um bom fim de semana", disse, rindo.
O ministro também disse que “quem estiver satisfeito adere, quem não estiver satisfeito vai brigar por conta própria", e acrescentou que o acordo foi “uma boa solução”.
DESCULPAS:
"Queria, em nome do tribunal, mandar uma mensagem de carinho e de solidariedade às vítimas do acidente do rompimento da barragem do Fundão em Mariana, Minas Gerais. Pessoas que perderam suas casas, seus pertences e suas memórias, eu diria. Dinheiro, por evidente, não é suficiente para construir tudo ou reconstruir tudo o que se perdeu, mas é muitas vezes a compensação possível. É o máximo que a gente pode fazer a essa altura".
O rompimento matou 19 pessoas e afetou mais de 40 municípios, três reservas indígenas e milhares de cidadãos da região em 5 de novembro de 2015, em área da mineradora Samarco. O acordo homologado pelo STF prevê ações de reparação e compensação em relação a todas as categorias de danos causados pelo desastre.